Narcan (cloridrato de naloxona)

Cada mL da solução injetável contém 0,4g de cloridrato de naloxona
USO INJETÀVEL


1. INDICAÇÕES
Narcan® previne ou reverte os efeitos causados por opioides, incluindo depressão respiratória, sedação e hipotensão, e/ou depressão do sistema nervoso central. Ele também pode reverter os efeitos disfóricos ou psicotomiméticos de agentes agonista-antagonistas, tal como a pentazocina.

2. CARACTERÍSTICAS FARMACÊUTICAS
Narcan® é um antagonista opioide puro, isto é, não possui as propriedades agonistas ou características morfinomiméticas de outros antagonistas opioides.
FARMACODINÂMICA
Quando naloxona é aplicada por via intravenosa sua ação farmacológica ocorre, em geral, dentro de dois minutos; a ação só é levemente mais lenta quando o fármaco é aplicado por via subcutânea ou por via intramuscular. A duração da ação depende da dose e da via de aplicação da naloxona. A aplicação de naloxona por via intramuscular produz um efeito mais prolongado do que se aplicado por via intravenosa.
Mecanismo de ação e absorção
Ao administrar a naloxona por via parenteral esta é distribuída rapidamente pelo corpo. Ligação com as proteínas plasmáticas pode ocorrer, mas é relativamente fraca. A albumina do plasma é a principal proteína de ligação, mas também ocorre uma significante ligação da naloxona com outras proteínas plasmáticas. Não se sabe se a naloxona é excretada no leite humano.
Metabolização
Ela é metabolizada no fígado, principalmente por conjugação com glicuronídeo e excretado pela urina. Em um estudo, a meia-vida sérica em adultos oscilou de 30 a 81 minutos. Num estudo neonatal, a média de meia-vida plasmática observada foi de 3,1 ± 0,5 horas.
Excreção
Após uma dose oral ou intravenosa, cerca de 25 a 40% do fármaco é excretado como metabólitos na urina em 6 horas, cerca de 50% em 24 horas e de 60 a 70% em 72 horas. Em mulheres grávidas, rapidamente atravessa a barreira placentária.

3. CONTRAINDICAÇÕES
Narcan é contraindicado para pacientes que sejam hipersensíveis a ele ou a qualquer componente da fórmula. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgiãodentista.

4. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
-Narcan® deve ser administrado cuidadosamente aos pacientes, incluindo recém-nascidos de mães sob suspeita de dependência física a opioides.
-O uso de doses excessivas de Narcan® em pacientes no pós-operatório pode resultar em reversão da analgesia e causar agitação.
-Narcan pode ser administrado por via intravenosa, intramuscular ou subcutânea. O meio mais rápido de ação é alcançado por injeção intravenosa e é recomendado em situações de emergência.
-A medida inicial principal, diante de uma depressão ventilatória é a assistência ventilatória contínua ao pacientes, seja por máscara com reservatório ou intubação orotraqueal e ventilação mecânica.

5. REAÇÕES ADVERSAS
Cardíaco: edema pulmonar, parada cardíaca, taquicardia, fibrilação ventricular e taquicardia ventricular. Como sequela desses eventos pode ocorrer óbito, coma e encefalopatia.
Gastrintestinal: vômito, náusea.
Doenças do sistema nervoso: convulsões, parestesia, convulsão de grande mal.
Distúrbios psiquiátricos: agitação, alucinações, tremores.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: dispneia, depressão respiratória, hipóxia.
Afecções da pele e tecido subcutâneo: reações inespecíficas no local da injeção, sudorese.
Distúrbios vasculares: hipertensão, hipotensão, ondas de calor ou rubor.
Depressão por opioides: Uma abrupta reversão da depressão por opioides pode resultar em náuseas, vômitos, sudorese, taquicardia e aumento da pressão arterial, ataques, taquicardia ventricular e fibrilação, edema pulmonar e parada cardíaca que pode resultar em óbito.
Dependência de opioides: Uma reversão abrupta dos efeitos dos opioides em pessoas que são fisicamente dependentes destes poderá precipitar uma síndrome de abstinência aguda que pode se expressar, mas não limitado aos sinais e sintomas a seguir descritos: dores no corpo, febre, sudorese, coriza, espirros, piloereção, bocejar, fraqueza, calafrios ou tremores, nervosismo, agitação ou irritabilidade, diarreia, náuseas ou vômitos, cólicas abdominais, aumento da pressão arterial e taquicardia.
No recém-nascido, a síndrome de abstinência pode incluir: convulsões, choro excessivo e reflexos hiperativos. Todas as reações adversas devem ser informadas ao profissional de saúde o mais breve possível.

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