Digoxina

Cada comprimido contém 0,25mg de digoxina
USO ORAL MAIORES DE 10 ANOS


1. INDICAÇÕES

A digoxina é indicada no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva quando o problema dominante é a disfunção sistólica. Nesse caso, o benefício terapêutico é maior nos pacientes com dilatação ventricular. A digoxina também é indicada no tratamento de certas arritmias supraventriculares, particularmente fibrilação ou flutter atrial crônicos.

 2. CARACTERÍSTICAS FARMACÊUTICAS

 A digoxina aumenta a contratilidade do miocárdio por atividade direta. Esse efeito é proporcional à dose na faixa terapêutica mais baixa, e algum resultado é alcançado mesmo com doses muito baixas.
Absorção
Após a administração oral, digoxina é absorvida no estômago e na parte superior do intestino delgado. A administração após as refeições retarda a taxa de absorção, mas geralmente sem alterar a quantidade total de digoxina absorvida. Pela via oral, o início do efeito ocorre entre 0,5 e 2 horas, alcançando o máximo entre 2 e 6 horas. A biodisponibilidade de digoxina administrada por via oral, na forma de comprimido, é de aproximadamente 63%, enquanto a do elixir é de 75%.
Distribuição
A distribuição inicial de digoxina requer geralmente de 6 a 8 horas. Em seguida, a diminuição da concentração plasmática de digoxina ocorre de forma mais gradual, dependente da eliminação do fármaco pelo corpo. O volume de distribuição é grande e isso indica que digoxina se liga extensivamente aos tecidos corporais. As concentrações mais elevadas da droga encontram-se no coração, no fígado e nos rins. Aproximadamente 25% de digoxina plasmática tem ligação com as proteínas plasmáticas.
Metabolismo
Os principais metabólitos da digoxina são a di-hidrodigoxina e a digoxigenina.
Eliminação
 A principal via de eliminação é a excreção renal da droga não modificada. A digoxina é um substrato da glicoproteína P. Por se tratar de uma proteína de efluxo, ela pode limitar a absorção da digoxina. A glicoproteína P nos túbulos renais proximais parece ser um importante fator de eliminação renal da digoxina. O clearance total de digoxina mostra-se diretamente relacionado à função renal e, dessa forma, a porcentagem de eliminação diária é uma função do clearance de creatinina, que, por sua vez, pode ser estimado pela creatinina sérica.Na maioria dos casos, entretanto, a principal via de eliminação da digoxina é a excreção renal da droga inalterada. A meia-vida de eliminação terminal da digoxina em pacientes com função renal normal é de 30 a 40 horas. Além disso, apenas cerca de 3% da dose de digoxina é removida do corpo durante 5 horas de hemodiálise

3. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado na presença de bloqueio cardíaco completo intermitente ou bloqueio atrioventricular de segundo grau, arritmias, taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular; cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica, pacientes com conhecida hipersensibilidade a digoxina ou a outros glicosídeos digitálicos. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Este medicamento é contraindicado para menores de 10 anos.

4. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

-A intoxicação por digoxina pode precipitar arritmias, algumas delas parecidas com as arritmias para as quais a droga é indicada.
-Deve-se evitar o tratamento com digoxina em pacientes com insuficiência cardíaca associada à amiloidose cardíaca.
-A dose de digoxina deve ser ajustada individualmente, de acordo com idade, peso corporal e função renal. As doses sugeridas devem ser interpretadas somente como diretriz inicial.
-A digoxina é indicada especificamente quando a insuficiência cardíaca é acompanhada de fibrilação atrial.

5. REAÇÕES ADVERSAS

Reações comuns: transtornos do SNC, vertigem, distúrbios visuais (visão turva ou amarelada), arritmia, transtornos de condução, bigeminismo, trigeminismo, prolongamento do intervalo PR, bradicardia sinusal, náusea, vômito, diarreia, rash cutâneo urticariforme ou escarlatiniforme.
Reação incomum: depressão.
Reações muito raras: trombocitopenia, anorexia, psicose, apatia, confusão, dor de cabeça, taquiarritmia supraventricular, taquicardia atrial (com ou sem bloqueio), taquicardia juncional (nodal), arritmia ventricular, contração ventricular prematura, depressão do segmento ST, isquemia intestinal, necrose intestinal, ginecomastia, fadiga, fraqueza, mal-estar.

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